quarta-feira, 31 de julho de 2013



(Divórcio e Recasamento são Autorizados) pela Bíblia? (Parte 1



O divórcio sempre foi um tema difícil de lidar. Primeiro porque é algo totalmente estranho ao plano de Deus para o homem, em seguida, por conta de tantas “opiniões humanas divergentes” a respeito do assunto. É possível que muitos que lerão esse exórdio, hão de discordar de muita coisa que pretendo escrever sobre o assunto, no entanto, prometo que farei isso, atendo-me exclusivamente ao que a Bíblia diz, portanto, estarei tranqüilo quanto ao que escreverei. Naturalmente que aquele (a) que deseja obedecer à vontade de Deus não terá maiores dificuldades em submeter-se àquilo que a Palavra de Deus orienta. 
A questão é que boa parte das pessoas, simplesmente não estão dispostas a renunciar a sua própria ambição para abraçarem sem reservas, a vontade de Deus para as suas vidas. Esse é o problema!

Vamos ver o que diz a Palavra de Deus sobre o assunto. Iniciaremos com a leitura de Mt. 19.3-9, que diz: “Então chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o, e dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez, e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la? Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim. Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério”.

Leiamos a pergunta insidiosa dos fariseus: “É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo”? Nesta pergunta temos implícitas, algumas informações esclarecedoras, primeiro, que o assunto divórcio não é algo novo, desde muito, os homens já se viam abarcados por ele. Outra coisa não menos importante, é que no contexto histórico dos judeus, os homens se divorciavam de suas esposas e faziam isso por qualquer motivo. Mesmo na época do ministério terreno de Jesus essa era uma prática corriqueira entre os judeus, pois se assim não fosse, os fariseus não teriam interrogado a Jesus acerca do assunto.

Agora passemos para a primeira resposta de Jesus sobre o assunto: “Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez, e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”. 

Perceba a clareza do Mestre em relação ao assunto. Ele remete a mente perturbada dos fariseus, ao que eles, em tese, mais eram apegados, ao Pentateuco, a Lei. Ou seja, Jesus lembra a eles o texto de Gênesis 1.27, que reflete na criação, a distinção entre homem e mulher, como também, o momento auspicioso da instituição do casamento, registrado em Gênesis 2.24, em seguida complementa com um mandamento: “Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”. A primeira coisa que aprendemos aqui, é que ao criar homem e mulher (macho e fêmea), Deus os fez distintos para que houvesse complementaridade. Ou seja, ambos compõem não apenas um par perfeito, mas, juntos, formam uma só parte do arcabouço da família. Observe o modus operandi divino, Deus não formou a mulher do pó da terra, como fez com o homem, mas extraiu e modelou parte (uma costela) do próprio homem. Isso significa que, no casamento, a mulher uni-se ao homem, donde foi retirada, formando “um todo perfeito” “um só corpo”. Percebe essa maravilha de engenharia divina? 

Deus poderia ter criado outro homem, semelhante ao primeiro, e eles só poderiam ser bons amigos, mas não poderia haver entre eles, complementaridade, pois seriam idênticos e dois idênticos não têm nada a oferecer ao outro, pois são semelhantes, tudo o que um tem, o outro também tem. Só um diferente, tem realmente algo a oferecer ao outro diferente. É mais ou menos como num quebra cabeças, as peças só encaixam porque são diferentes e complementares. Cada uma completa o que falta na outra. 

Pois bem, isso nos remete a algo muito profundo. É que no casamento, homem e mulher se unem para formarem um par perfeito e uma só parte na estrutura familiar. Isso derruba por terra toda a interpretação de que a mulher quanto pessoa, é inferior ao homem. Nunca foi e nunca será. Se Deus fez a mulher para complementar o homem então esse não seria o que é, sem ela. Portanto o homem jamais deve se considerar melhor do que a mulher. Ambos são complementares.

Destarte, podemos afirmar que o casamento é a execução do projeto arquitetônico divino para a humanidade, pois é o casamento que permite a propagação da raça humana donde provêm mais e mais casamentos formando assim um edifício majestoso para habitação do seu projetista. É por isso que a família tem sido tão fortemente solapada por satanás, pois ele sabe que se as famílias seguirem o plano de Deus viverão plenamente felizes. E aqui entra a terrível tragédia do divórcio. Satanás não pode atacar diretamente o projetista (Deus), então ele ataca o projeto (a família). E o pior, é que tem conseguido destruir muitas famílias. 

Voltando ao texto, Jesus determina o seguinte: “Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”. Falando ainda do ato divino da encaixar as peças (homem e mulher) através do casamento, Jesus deixa muito claro que o homem não tem permissão para alterar a ação divina de juntar as peças (homem e mulher) formando uma unidade singular. Percebe que isso é um ato divino? E que o homem portando, não pode separar as peças? Em outras palavras, Jesus determina que o homem não tem permissão para praticar o divórcio. Acho que Ele não poderia ser mais claro! 

Em Cristo,

Obrigada Ana Paula.


ESTUDO DA CARTA DE PAULO AOS FILIPENSES


A CIDADE DE FILIPOS
Filipos era a capital da província romana chamada Macedônia, localizada em território que hoje pertence à Grécia. Seu nome significa "pertencente a Filipe". A cidade foi fundada por Filipe, pai de Alexandre Magno, em 358 a.C. Era importante devido à sua localização junto à principal estrada que cortava a Macedônia no sentido leste-oeste, servindo de caminho entre a Ásia e Roma. Além disso, a cidade possuía minas de ouro e prata.
A IGREJA EM FILIPOS
Foi a 1a igreja cristã na Europa. Foi fundada por Paulo durante a segunda viagem missionária - At.16.11-40. Ali chegando, o apóstolo foi bem recebido juntamente com Silas. Os primeiros convertidos foram Lídia, vendedora de púrpura, e uma jovem que adivinhava, da qual foi expulso um espírito imundo. Sendo liberta, cessaram os seus prognósticos. Diante disso, cessou também o lucro dos seus senhores, os quais se enfureceram contra Paulo e Silas, incitando contra eles as autoridades locais. Como resultado, aqueles irmãos foram espancados e lançados na prisão (I Ts.2.2). Estando orando e louvando a meia-noite, Deus os libertou por meio de um terremoto que abriu as cadeias. Diante de tão grande acontecimento, o carcereiro se converteu e também a sua família.
Algum tempo depois, os irmãos filipenses enviaram ajuda financeira para Paulo - II Cor.8.2 Fil. 4.10,15.
A SITUAÇÃO DE PAULO
Ao escrever a epístola aos filipenses, Paulo se encontrava preso, correndo risco de vida, distante de muitos irmãos e amigos e em dificuldade financeira. Na carta, ele fala da morte várias vezes: 1.20; 2.8; 2.27; 2.30; 3.10. Entretanto, a mesma epístola enfatiza a alegria, a gratidão (1.3; 4.6), e ainda admoesta contra a murmuração (2.14).
Isso é testemunho (2.15). Alegria e gratidão no meio do sofrimento é tão contrastante quanto a luz no meio da escuridão, como uma estrela refulgente no meio do negro céu. Não dá para ignorar. Paulo compara os cristãos aos luzeiros, aos astros, e não a uma vela ou a um pavio de lamparina (2.15). O luzeiro produz abundante luz, a qual não se apaga com o vento nem com a tempestade.
Normalmente, se existe luz, existe fogo. Algo está se consumindo. Algo está queimando. Não seremos luz gratuitamente. Não seremos luz sem sacrifício, sem dor, sem renúncia, sem sofrimento ou sem tribulações.
Até a sua própria morte é vista por Paulo como um meio pelo qual o Senhor Jesus seria glorificado (1.20). Segundo a visão do apóstolo, sofrer pelo evangelho é um privilégio (1.29).
A EPÍSTOLA AOS FILIPENSES
Autor: Paulo (e Timóteo)
Portador: Epafrodito
Data: 60 ou 61.
Local: prisão em Roma.
Tema: Alegria no Senhor.
Motivo da carta: gratidão pelo auxílio enviado pelos filipenses.
Versos chave: 1.21 e 4.4
COMENTÁRIO
OS SANTOS FILIPENSES
Paulo usa a palavra "santos" para se referir aos filipenses (1.1). Esse termo na bíblia não se refere a cristãos mortos e que, ainda assim, tenham poder para interferir no mundo dos vivos e fazer milagres. Nada disso. "Santo" significa "separado", "consagrado". Todo cristão é santo, ou pelo menos deveria ser. Todo servo do Senhor é separado domundo e separado para Deus. Essa separação não significa alienação. O cristão não deve viver como um alienígena, indiferente a tudo, longe de todos, isolado e estranho. Podemos e devemos participar de tudo o que acontece em nossa volta, exceto daquelas coisas que podem interferir na nossa comunhão com Deus e contrariar o nosso compromisso com Cristo. Quando a questão ameaça esse ponto, então nos separamos, pois somos santos.
"Santo" não significa perfeito ou alguém que esteja livre da possibilidade de pecar. Somente alcançaremos essa condição quando deixarmos esta terra e formos para o nosso lar celestial. Antes disso, devemos viver num processo de aperfeiçoamento. Pelas palavras de Paulo, vemos que os filipenses não eram perfeitos, mas estavam caminhando nessa direção. Ele disse: "Estou plenamente certo de que aquele que começou a boa obra em vós há de completá-la até o dia de Cristo Jesus." (1.6). O próprio apóstolo disse a respeito de si mesmo: "Não que eu o tenha já recebido ou tenha já obtido a perfeição; mas prossigo para conquistar aquilo para o que também fui conquistado por Cristo Jesus..." (3.12-14). Vejo nesse processo de aperfeiçoamento o desenvolvimento da salvação mencionado em Fil.2.12. Não que sejamos "meio salvos". A obra está consumada no coração de Deus, mas, na prática, os efeitos da salvação ainda se estabelecem gradativamente até que o nosso corpo seja transformado em um corpo incorruptível, em semelhança do corpo ressurreto do nosso Senhor Jesus Cristo.
PERDAS E GANHOS
O evangelho envolve perdas e ganhos (3.7-8). Isso não combina com certas pregações de prosperidade. Paulo estava preso, privado de muitas coisas, mas certo do seu ganho espiritual. Será que Paulo pensava em um evangelho que lhe proporcionaria riqueza material, uma grande casa, um lindo carro, o seu próprio negócio, etc? De modo nenhum. Ele assumia as tribulações e os sofrimentos como fatores naturais no caminho do cristão e que tudo isso até contribuiria para o avanço do reino de Deus. "... As coisas que me aconteceram têm antes contribuído para o progresso do evangelho." (1.12). Ele destacou ainda, de modo comemorativo, que sua prisão tinha se tornado oportunidade para evangelizar os soldados romanos (1.13).
Quando, ao fim da epístola, Paulo diz: "Tudo posso naquele que me fortalece" (4.13), ele não estava ensinando uma declaração do pensamento positivo, como se quisesse colocar o cristão numa posição de sucesso absoluto, conforme a visão que o mundo tem de sucesso. Lendo 4.12, entendemos que Paulo estava dizendo que ele foi capacitado por Deus para passar por qualquer situação, fosse de abundância ou escassez, de humilhação ou honra, de fartura ou de fome. Certamente, o obreiro de Deus precisa estar pronto para tudo isso e não apenas para ser rico.
É verdade que Deus pode nos dar todo tipo de bens materiais. Entretanto, isso depende do plano dele para cada pessoa. Não podemos colocar a riqueza material como conseqüência natural do evangelho. Isso não é bíblico. Na parábola dos talentos, aquele senhor deu uma quantidade de dinheiro correspondente à capacidade de cada um. É assim que Deus faz conosco. Ele não vai colocar em nossas mãos algo superior à nossa capacidade de administrar.
Precisamos focalizar o ganho espiritual, o galardão celestial e não o galardão terreno. Este, se vier, será bem-vindo. Porém, não pode ser o nosso objetivo.
OS INIMIGOS DA CRUZ DE CRISTO
"Pois muitos andam entre nós, dos quais repetidas vezes eu vos dizia e agora vos digo até chorando, que são inimigos da cruz de Cristo; O destino deles é a perdição, o deus deles é o ventre, e a glória deles está na sua infâmia; visto que só se preocupam com as coisas terrenas. Pois a nossa pátria está nos céus, de onde também aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, o qual transformará o nosso corpo de humilhação, para ser igual ao corpo da sua glória..." (Fil.3.18-21).
Cruz é renúncia, é entrega, é perda, é humilhação, é morte. Disse Jesus: "Se alguém quiser vir após mim, a si mesmo se negue, tome cada dia a sua cruz e siga-me. Porque qualquer que quiser salvar a sua vida, perdê-la-á, mas qualquer que, por amor de mim, perder a sua vida, a salvará.". (Lc.9.23-24). Se não estivermos dispostos a perder nada pelo evangelho e ainda quisermos fazer dele uma ferramenta para o enriquecimento material, estaremos desvirtuando sua essência e negando a cruz.
Corremos o risco de colocar o ser humano como o centro do cristianismo, como se este existisse para atender a todos os nossos desejos terrenos. Desse modo, muitas pessoas estão nas igrejas com a expectativa de que Deus resolva todos os problemas delas e vêem nele apenas um solucionador de problemas e não um Senhor.
"Buscai primeiro o Reino de Deus." (Mt.6.33a). Muitos precisam corrigir a orientação de sua busca ao Senhor. Precisamos buscá-lo, primeiramente, para sabermos a sua vontade para nós, e não para fazê-lo conhecer a nossa vontade. Precisamos perguntá-lo sobre o que devemos fazer para ele antes de apresentar o que queremos que ele faça para nós. Nós é que somos os servos. Ele é o Senhor.
Além disso, precisamos colocar os valores espirituais acima dos valores terrenos. Em sua oração pelos filipenses, Paulo pede que eles tenham amor, conhecimento, discernimento e fruto de justiça para a glória de Deus (Fil.1.9-11). São valores espirituais, os quais devem ser enfatizados, acima das nossas ambições materiais.
Colocando cada coisa no seu devido lugar e nível de importância, entenderemos a disposição de Paulo até para sofrer e morrer pelo evangelho. Em algum tempo da nossa vida podemos estar vivendo na abundância. Em outro tempo podemos estar sofrendo privações sem que isso signifique pecado nem fracasso espiritual. O cristão pode ser rico (II Tm.6.17-19) e pode ser pobre (II Cor.8.1-2; Fil.4.11). O que não se pode é vincular o evangelho à riqueza material. Afinal, Jesus disse que os ricos dificilmente se salvarão. E Paulo acrescentou que os que querem ser ricos caem em muitas tentações. (Lc18.24; II Tm6.9-10).
DEUSES ESTRANHOS
Paulo disse que "andam entre nós" muitas pessoas "cujo deus é o ventre." Entre nós significa dentro da igreja. São pessoas que não estão servindo ao verdadeiro Deus, mas estão procurando apenas seu próprio interesse. Eram como aquela multidão que acompanhava Jesus apenas por causa dos pães e dos peixes que ele multiplicava (João 6.26). Isso é até admissível por algum tempo. Muitos só vão atrás de Jesus motivados por uma necessidade pessoal. Porém, chega um momento quando todos são desafiados a assumirem uma posição de compromisso com o Senhor. Seguir a Cristo nos faz passar por momentos de milagres, de pão e peixe multiplicados, de cura, de libertação, etc, mas nesse caminho também existe uma cruz.
O "deus" daquelas pessoas era o ventre. A alimentação estava acima de tudo para elas. Existem hoje tantos deuses sendo adorados e servidos. Na sociedade atual, o futebol é um deus ou uma religião. Não é à toa que os grandes jogadores são considerados "ídolos". Os estádios reúnem pessoas como não acontece em nenhum templo religioso do mundo. Elas vão ali, pagam para entrar, nada ganham, e algumas chegam a matar ou morrer pelo seu time. As copas do mundo reúnem povos de muitas nações num congraçamento jamais realizado por nenhuma religião.
Outro deus da atualidade que podemos mencionar é o sexo. A sexualidade extrapola as portas conjugais e se manifesta nas músicas, nos comerciais, nos filmes, nas novelas, etc. Deixa de ser um componente do casamento e passa a ser usado como produto comercial. Aqueles que servem a esse deus tornam-se escravos de suas práticas extraconjugais.
O dinheiro é também um deus da humanidade. Cristo mesmo já mencionou algo semelhante quando disse: "Não podeis servir a Deus e a Mamom" (Mt.6).
Os exemplos que mencionamos não são coisas intrinsecamente más. O futebol não é algo mau. O dinheiro também não. O sexo, por sua vez, foi criado por Deus e é correto desde que praticado dentro do matrimônio. O problema é quando essas coisas são colocadas acima de Deus, como se fossem mais importantes do que ele. Se trocarmos o compromisso com Deus por uma outra coisa, então essa coisa é o nosso deus.
Através do jejum, das ofertas e da abstinência pelo tempo necessário, nós demonstramos, na prática, que o Senhor Jesus está acima de tudo para nós.
REGOZIJAI-VOS NO SENHOR
Paulo, mesmo preso, estava se regozijando (1.18). Possuía uma alegria sem motivo aparente (1.4,18,25). Ele usa não apenas a palavra alegria, mas gozo e regozijo, que são termos ainda mais fortes, que falam de uma alegria intensa, grande satisfação ou prazer (2.2; 2.17,18,28,29). A chave do contraste entre a prisão de Paulo e sua alegria é a expressão: "Regozijai-vos no Senhor (3.1; 4.1,4,10). A alegria do cristão não vem de fora para dentro, mas de dentro para fora. Alegria no Senhor não depende de circunstâncias mas depende do Senhor, e ele não muda. Um cristão alegre no meio da tribulação? Isso é loucura para o mundo. Tal alegria provém de uma paz que excede todo entendimento (4.7).
Em meio a tantas expressões de alegria, o texto de 2.28 menciona a "tristeza". Isso é bom para que não falemos do cristianismo como se fosse algo irreal, utópico. Paulo esteve triste por causa da doença de Epafrodito. Nesse mundo podemos passar por momentos de tristeza. Porém, ela não pode nos dominar, não pode ser nossa companheira constante. Observe que, embora a tristeza tenha sido mencionada, ela não se tornou característica nem tema da epístola. Da mesma forma como não se tornou característica de Paulo nem será nossa. Podemos ficar tristes por alguns momentos ou até por alguns dias? Sim. Daniel esteve triste durante 21 dias (Dn.10.2). Podemos nos entristecer pelo pecado cometido (I Cor.5.2; II Cor.7.8-10), por uma perda, pelo sofrimento próprio ou alheio. Entretanto, não seremos pessoas tristes nem viveremos na tristeza. É verdade que Jesus chorou, conforme nos informa o menor versículo da bíblia (João 11.35). Porém, Jesus não viveu chorando e nem nós podemos viver assim. Paulo também chorou por causa daqueles que se perdiam (Fil.3.18). Que a tristeza em nossas vidas seja o menor versículo e que a alegria preencha longos capítulos da nossa existência.
A expressão "alegrai-vos no Senhor" nos dá uma idéia de uma alegria que não depende de outros fatores, mas depende do Senhor. Assim, temos também uma idéia de condicionamento. Nossa alegria depende da nossa relação com Deus. Se esta relação estiver interrompida de alguma forma, então estaremos desligados da nossa fonte de alegria. Ficaremos tristes. Precisamos então eliminar o que se pôs entre nós e Deus, seja um ídolo ou outro pecado qualquer. Religados à fonte da alegria, nosso rosto volta a brilhar como uma lâmpada que se acende.
ALEGRIA X ANSIEDADE
Ao escrever aos filipenses sobre a alegria, Paulo estava consciente de que a ansiedade poderia ser um empecilho nesse caminho (4.4-7). Talvez deixemos de usufruir em plenitude da alegria do Senhor (Neemias 8.10), porque estamos ansiosos.
Algumas vezes, a ansiedade, ou preocupação, ocorre por um motivo legítimo. Estamos nos sentindo ameaçados, então ficamos ansiosos. Entretanto, em muitos casos a ansiedade se manifesta sem fundamento real.
Podemos estar ansiosos porque buscamos algo e ainda não alcançamos. Pode ser algo necessário, mas, em muitos casos, trata-se de uma busca ambiciosa pelo excesso, por aquilo que é supérfluo. Não seria melhor fazer calar a nossa alma, como disse o salmista? (Salmo 131.2). "Aquietai-vos e sabei que eu sou Deus", diz o Senhor. (Salmo 46.10). Ele está no controle da nossa vida. Ele nos dará o que precisamos e até o que não precisamos, se isso for bom para nós. "Não andeis ansiosos", disse Jesus aos seus discípulos (Mat.6.25-34).
Em todas essas situações, a fé, a oração e a gratidão são os remédios prescritos pelo apóstolo Paulo. Se cremos em Deus e no seu cuidado para conosco, isso já é um forte motivo para o nosso descanso. Em segundo lugar vem a oração. Nossa fé se expressará através das nossas palavras. Estamos nos sentindo ameaçados por alguma coisa ou oprimidos por alguma necessidade? Vamos levar tudo isso diante de Deus através da oração. Quando oramos, dividimos a responsabilidade com Deus. Se você faz tudo na vida sem orar, então a responsabilidade é toda sua. Se der errado, a culpa é sua. Quando oramos, estamos pedindo que Deus faça a parte que não está ao nosso alcance. Contudo, continuamos responsáveis por aquilo que podemos fazer.
Tendo orado, temos mais um motivo para descansar. Em nossa oração, precisamos também agradecer. A gratidão, mais do que uma expressão verbal, é um exercício. Precisamos, freqüentemente, olhar para tudo o que Deus já nos deu e agradecer. É bom que agradeçamos por cada coisa, cada pessoa, cada conquista, cada realização, e até mesmo pelo que não conseguimos, pois até isso foi livramento do Senhor, embora possamos não ter compreendido. Esse exercício é um antídoto contra as ambições excessivas. Normalmente vivemos olhando para o que falta e nos esquecemos de agradecer pelo que já temos. Valorizamos demasiadamente o que falta e desvalorizamos o que já temos. Isso é um erro do ser humano que aumenta a ansiedade e diminui a alegria.
A ansiedade, seja por motivo legítimo ou não, é resultado dos nossos pensamentos. Paulo nos aconselha a selecionar nossos pensamentos. Se podemos agir para resolver determinado problema, então devemos fazê-lo, mas ficar apenas cultivando a preocupação não vai nos levar a nada. Precisamos então, pensar em coisas boas, positivas, agradáveis, e isso será favorável ao nosso bem estar e à nossa alegria. Embora tais palavras possam parecer apenas a valorização do pensamento positivo, Paulo coloca a pessoa de Deus como a fonte da nossa paz (4.9).
UNIDADE E HUMILDADE (1.27; 2.2)
Os filipenses haviam mandado uma ajuda financeira para o apóstolo (4.16-18). Ele se regozijou muito pela comunhão que os irmãos tiveram com ele naquele momento difícil. É na dificuldade que a comunhão e a unidade se tornam mais necessárias e importantes. "Na angústia nasce o irmão" (Pv17.17). É nessa hora que se descobre o verdadeiro amigo. Os falsos desaparecem.
O tema da unidade também se apresenta na epístola quando Paulo fala de um "companheiro de jugo" (provavelmente Síntique – 4.2-3,14) O jugo, também chamado "canga", "é uma peça de madeira que une dois bois e os prende ao carro ou ao arado" (Aurélio). Companheiro de jugo é companheiro de trabalho. É um tipo de sociedade num momento de dificuldade.
A unidade depende da humildade (2.3-4). O orgulho e o egoísmo trazem divisão. Para demonstrar o valor da humildade, Paulo usa a pessoa de Cristo como exemplo (2.5-11). Afinal, não haveria exemplo melhor. O texto do capítulo 2.5 a 11, nos mostra a trajetória de Jesus. É um quadro de humilhação progressiva até a morte na cruz. Em seguida, vem sua exaltação acima de toda a criação.
"Não atente cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros." (2.4). Cuide do problema do seu irmão como se fosse seu, desde que não esteja havendo abuso nem aconteça de você estar atrapalhando o crescimento da outra pessoa. Ajude o seu próximo, mas, de preferência, ensine o seu próximo a ajudar a si mesmo. Existe um momento em que devemos carregar a carga uns dos outros (Gál.6.2) e outro momento em que cada um deve levar sua própria carga (Gál.6.5). É preciso sabedoria para discernir essas ocasiões e agir da maneira correta.
ESBOÇO
  • I - Introdução e saudação - 1.1-2.
  • II - Conceito que Paulo tem sobre os filipenses e sua oração por eles - 1.3-11.
  • III - A prisão de Paulo contribui para o progresso do evangelho. - 1.12-26.
  • IV- Exortação à perseverança, unidade, humildade e santidade
  • conforme o exemplo de Cristo - 1.27 a 2.18.
  • V - Elogio a Timóteo e Epafrodito - 2.19-30.
  • VI - Confiança em Cristo e não na carne - 3.1-21.
  • VII - Exortação à vida santa - 4.1-9.
  • VIII - Gratidão de Paulo pelo auxílio dos filipenses - 4.10-20.
  • IX - Saudações finais - 4.21-23.




Ezequiel
Ezequiel, um sacerdote que Deus chamou para profeta
- Nabucodonozor levou Joaquim rei de Judá para Babilônia. Levou mais 10.000 presos, entre eles Ezequiel
- Após cinco anos de cativeiro, recebeu a palavra de Deus, e viu numa visão a glória de Deus
- Ezequiel dos profetas, foi o que mais teve visões
- Nos primeiros capítulos Deus lhe chama
- Agora aqui neste capitulo Deus lhe manda profetizar
- O homem de Deus também é profeta
- Veja o que aconteceu e o que acontece quando o homem de Deus profetiza:
1) AJUNTARAM OS OSSOS (7)
- Cada osso ajuntou ao seu osso, cada um voltou para o seu lugar
- O objetivo da mensagem é unir o povo, e não separar causando divisões
- Os obreiros são na maioria das vezes culpados por divisões na igreja do Senhor
- Profecias separando casais. A palavra de Deus une o que estava separado, salvando o casamento
- Pregue somente a palavra de Deus, profetize e Deus vai fazer um reboliço no meio da igreja
2) HOUVE CRESCIMENTO (8)
- O profeta não tem medo que alguém cresça
- Ele tem prazer em ver Deus levantando outros para profetizar também
- Foi o que Moisés disse a Josué
- Mas o ciúme faz com que seja sufocado aquele que está em fase de crescimento
- Foi assim que aconteceu com Saul em relação a Davi
- Deus quer levantar pregadores, pastores, missionários, profetas, não fique preocupado Deus vai te usar também
- Deixa o obreiro crescer
- João Batista disse: Convém que Ele cresça e eu diminua
3) RECEBERAM VIDA E PODER (9 E 10)
- O vale estava cheio de ossos secos, sem vida, mas quando o Ezequiel profetizou o vento assoprou e eles receberam vida
- Quantas igrejas mortas, sem vida porque o profeta não fala o que Deus manda
- Fica enchendo lingüiça, falando de coisas passageiras e a igreja está morrendo
- Mas Deus vai levantar profetas cheios do seu Espírito para profetizar nesta ultima hora
- Queremos igrejas vivas, poderosas
- Deus levantou naquele dia um exercito grande em poder




Eu quero ser um vaso novo

O profeta Jeremias foi chamado a descer à casa do oleiro para receber uma mensagem de Deus para a nação de Judá (Jr 18.1-6). Ali ele viu o oleiro trabalhando sobre as rodas, moldando o barro e fazendo dele um vaso novo. O vaso havia se estragado nas mãos, mas em vez do oleiro jogar o vaso fora, fez dele um vaso novo. Esse episódio encerra algumas preciosas lições:
1. Deus não desiste de você, mesmo quando você falha em cumprir seu propósito (Jr 18.4). O oleiro não jogou no lixo o vaso que se lhe havia estragado nas mãos. Ele não o colocou num canto como algo imprestável. Ele não desistiu desse vaso, mas fez dele um vaso novo. Assim, também, Deus não desiste de você. Mesmo quando você se torna como um barro sem liga ou como um vaso estragado, Deus continua investindo em sua vida. Ele não abre mão de fazer de você um vaso novo. Deus não desiste de fazer um milagre em sua vida. Ele não abdica do direito que tem de fazer de você um vaso de honra, um vaso útil, preparado para toda boa obra. Mesmo quando você cai, fracassa e se desvia, Deus não considera você como sucata imprestável. Ele não olha você com desprezo. Como oleiro divino, ele investe em sua vida e transforma você, para que você cumpra os propósitos eternos que ele mesmo estabeleceu para sua vida.

2. Deus não faz apenas remendos em sua vida; ele faz de você um vaso novo (Jr 18.4). O oleiro não remendou o vaso que se lhe havia estragado nas mãos. Ele não se contentou com meias medidas. Ele fez um vaso novo. A obra de Deus em você é completa. Ele faz de você uma nova criatura. Ele não quer apenas uma reforma externa, um verniz de aparência. Ele quer dar-lhe uma nova vida, uma nova mente, um novo coração, uma nova família, uma nova pátria. Deus tem para você uma vida nova, com novos gostos, novas preferências, novos alvos, novos sonhos, novos compromissos. A vida com Cristo é novidade de vida. É vida santa, é vida no altar, é vida cheia do Espírito, é vida abundante, maiúscula, superlativa, eterna. A obra de Cristo em você é um milagre extraordinário. Portanto, você deve despojar-se dos trapos da murmuração e revestir-se com as vestes de louvor. Você deve largar para trás o espírito angustiado e cobrir-se com roupagens de louvor e óleo de alegria.

3. Deus não faz de você um vaso segundo o seu querer, mas um vaso segundo o seu propósito soberano (Jr 18.4). Deus fez do vaso que se lhe havia estragado nas mãos um vaso novo, segundo bem lhe pareceu. A obra de Deus em você não é conforme os ditames da sua vontade, mas conforme os propósitos soberanos do próprio oleiro divino. Deus tem o melhor para você. Os planos de Deus para a sua vida são mais elevados do que os seus próprios sonhos. O projeto de Deus para a sua vida são mais altaneiros que os seus próprios projetos. A vontade de Deus e não a sua deve prevalecer em sua vida. Ele é o oleiro, e você o barro. Não é o barro que manda no oleiro; é o oleiro que molda o barro. O oleiro tem o direito de fazer do barro o que lhe aprouver. O oleiro divino que molda você é o mesmo que espalhou as estrelas no firmamento e o mesmo que lançou os fundamentos da terra. O oleiro divino está empenhado em esculpir em você a beleza de Jesus. Seu projeto eterno é transformar você à imagem do Rei da glória. Ele lhe predestinou para você ser conforme à imagem do seu Filho. Deus jamais desistirá desse projeto. Seus planos não podem ser frustrados. Se preciso for, ele vai quebrar o vaso e fazê-lo de novo. Mas, jamais vai desistir de fazer de você, um vaso de honra.


segunda-feira, 29 de julho de 2013



O que está acontecendo com a humanidade?

Observando o comportamento da humanidade sem Deus, sinto-me instigado a considerar sobre a referida questão. Como explicar que o homem do século XXI, da era da cibernética, das viagens espaciais, das grandes descobertas e invenções, possa se comportar como verdadeira besta embrutecida pela sede da fama, riqueza e glória, protagonizando espetáculos dignos dos gladiadores da Roma Antiga? Refiro-me a onda de violência gratuita promovida por organizadores e brigões do tão propalado MMA (Mixed Martial Arts = Artes Marciais Mistas). Como pode o homem, criatura inteligente; capaz de se perceber a si mesmo enquanto ser (ontologicamente); de escrever poesias primorosas; de produzir arquiteturas memoráveis, criando verdadeiras obras de arte; de se aperfeiçoar em variados ofícios, descer a um nível tão vil como este? Uma verdadeira rinha humana. Alguma coisa tem que está errada, não acha? 

Quando me refiro ao homem, falo não apenas daqueles que adentram aos tatames para se dilacerarem, mas aos milhares que preterem compromissos importantes e, estáticos diante da TV, sentem sórdido prazer de ver seus semelhantes se autodestruírem. Sinceramente, não sei quem é mais incivil. Como pode alguém considerar algo tão abjeto, entretenimento? Como alguém é capaz de se divertir com coisa tão degradante? Aliás, estamos na verdade, vivendo a coisificação do homem, e, como coisa, o homem não é melhor do que um animal, e, diga-se de passagem, que milhares de animais têm sido mais bem tratados do que muitos homens. Pelo menos os animais dispõem das sociedades protetoras dos animais. E o homem, quem vai protegê-lo dele mesmo? 

Há pouco, os instrumentos midiáticos fanfarrearam sobre os maus tratos impingidos por um “ser humano” a um animal doméstico (cão|). Mobilizou-se a polícia, a justiça, a imprensa, a opinião pública, em favor da pobre criatura canina, que indefesa, era espancada por sua “dona” com uma vassoura. Pergunto: porque esse mesmo sentimento de repulsa não acomete as pessoas quando outros “humanos” se digladiam diante de seus olhos? Dá pra me explicar isso? Naturalmente que não estou fazendo apologia a maus tratos aos animais; em hipótese alguma! Estou apenas mostrando a hipocrisia e a inversão dos valores! Diante de toda essa trágica realidade, pergunto: que mensagem essas rinhas humanas têm fomentado entre os nossos jovens? Não seria porventura que a violência é gratificante? Que vale a pena destruir o semelhante para se tornar famoso? Depois, essa mesma gente vem protestar quando adolescentes se engalfinham dentro das escolas, ou quando entra um jovem alucinado em um educandário e abre fogo contra os alunos. É isso o que essa sociedade esta produzindo: pessoas psicopatas, pessoas de mente perturbada. O salmista transmite uma mensagem a esses promotores de violência, quando diz: “A sua obra cairá sobre a sua cabeça; e a sua violência descerá sobre a sua própria cabeça” (Sl 7.16).

A Palavra de Deus mostra que, quanto mais o homem se afasta de Deus, mais fica corrompido e a corrupção gera todo o tipo de violência. Em Gênesis 6:11-13 lemos que um dos motivos porque Deus decidiu por termo a toda uma geração, foi exatamente a violência: “A terra, porém, estava corrompida diante da face de Deus; e encheu-se a terra de violência. E viu Deus a terra, e eis que estava corrompida; porque toda a carne havia corrompido o seu caminho sobre a terra. Então disse Deus a Noé: O fim de toda a carne é vindo perante a minha face; porque a terra está cheia de violência; e eis que os desfarei com a terra”. Isso é o que está acontecendo com a humanidade desses últimos instantes. Então podemos depreender que o fim dessa atual geração está mais próximo do que muita gente imagina. Esse comportamento da humanidade fala da iminência da volta de Cristo (II Tm 3.1-5). 

Em Cristo,
Obrigada a todos Ana Paula


O chamado para viver uma contracultura

No décimo parágrafo do Pacto de Lausanne, celebrado no Congresso Internacional para a Evangelização Mundial, na Suíça, em 1974, evento que reuniu líderes evangélicos do mundo todo e que, entre outros pontos, foi amplamente discutida a questão identitária da igreja evangélica, lê-se: “A cultura deve sempre ser julgada e provada pelas Escrituras. Porque o homem é criatura de Deus, parte de sua cultura é rica em beleza e em bondade; porque ele experimentou a queda, toda a sua cultura está manchada pelo pecado, e parte dela é demoníaca”.

De acordo com essa citação, entendemos que, como cristãos, temos o dever de nos opor ao naturalismo perverso que se revela obstinado em defender que Deus é desnecessário ao homem e que causas naturais produziram tudo o que existe e dessa forma o homem é o único responsável por elaborar a sua conduta, inclusive moral de acordo com a sua preferência. É como diz Cheryl Bridges: “... as pessoas hoje são encorajadas a viver por suas próprias regras, a definir a verdade por elas mesmas e a fazer o seu próprio mundo”. 

No entanto, sabemos que, nós que integramos a comunidade cristã, ou seja, que somos discípulos de Jesus, voluntariamente decidimos submeter as nossas vidas ao senhorio de Cristo e, portanto, devemos obediência a Ele, de forma que a nossa práxis cristã deve sempre refletir e glorificar a pessoa de Cristo (ICo 10.31). Destarte, vivemos uma contracultura.

Em Cristo,
Obrigada a todos Ana Paula


NO PALÁCIO DO GOVERNADOR ROMANO
"SOLTE BARRABÁS! CONDENE JESUS!"
Marcos 15,1-20


ABRIR OS OLHOS PARA VER
Jesus é levado ao Palácio de Pilatos. Contraste estranho! Jesus, um operário camponês do interior da Galileia que só pensava em servir aos outros, frente a Pilatos, um político romano que só pensava em fazer carreira e que pouco se importava com a sorte do povo judeu. Para ver-se livre do caso incômodo, Pilatos manipula as leis e propõe soltar um preso, conforme um costume da época! Ele esperava que o povo fosse pedir a libertação de Jesus! Mas o povo, manipulado pelos líderes, gritou: "Solte Barrabás! Condene Jesus!" O mesmo acontece hoje. A propaganda dos meios de comunicação consegue manipular os fatos de tal maneira que faz aparecer como defesa dos fracos e da paz aquilo que, na realidade, não passa de terrorismo de Estado, e vice-versa.

SITUANDO
A narrativa da paixão segue um critério geográfico. Marcos leva a gente pelos diferentes lugares por onde Jesus passou na sua última viagem: Betânia (Mc 14,3-9), sala da Última Ceia (Mc 14,10-31), Horto das Oliveiras (Mc 14,32-52), palácio do sumo sacerdote (Mc 14,53-72). E agora chegamos ao palácio de Pilatos (Mc 15,1-20). Esta maneira de contar os fatos ajuda a gente a guardá-los melhor na memória.
Nos anos 70, época em que Marcos escreveu, era ainda o mesmo Império Romano que estava perseguindo os cristãos. Lendo e meditando a condenação de Jesus, eles como que se olhavam num espelho e se dispunham a completar como dizia Paulo, na própria carne o que faltava na paixão de Cristo, para assim, desde já, experimentar algo da força da sua ressurreição que vence a morte.

COMENTANDO
1. Marcos 15,1: Jesus é levado perante o poder romano
O processo segue o seu rumo. Conforme as leis da época, o sinédrio podia condenar alguém à morte, mas não tinha o direito de executar a sentença. Precisava da licença do poder romano. Por isso, as autoridades dos judeus decidiram levar Jesus até Pilatos, a fim de conseguir a sua condenação.
2. Marcos 15,2-5: O interrogatório diante do tribunal romano
Diante do tribunal dos judeus, Jesus tinha sido condenado por dois motivos religiosos: por ter dito que era o messias e por ter falado contra o Templo (Mc 14,58. 62). Aqui, diante do tribunal romano, o motivo é outro. Eles apresentam Jesus como um messias anti-romano que pretendia ser Rei dos judeus! É um motivo político, mais fácil para se conseguir a condenação de Jesus. O poder romano era muito sensível a qualquer tipo de rebelião popular. Pilatos pergunta: "Você é o rei dos judeus?" Jesus responde: "É você que está dizendo!" Jesus não assume nem nega. É como se dissesse: "É o que se diz por aí!" Pois Jesus não era rei no sentido em que o entendiam Pilatos e os judeus. Jesus é um rei diferente. Ele reina servindo!
Em seguida, Jesus se cala e não fala mais nada, nem mesmo para se defender. Pilatos estranha. Ele não entende o silêncio, mas o leitor entende: o silêncio revela que Jesus é o Messias Servo de que falava o profeta Isaías: "Não abre a boca diante dos que o acusam" (Is 53,7). Revela também a liberdade de Jesus e o seu total desacordo com a manipulação da verdade. Revela a sua vitória sobre a morte.
3. Marcos 15,6-10: Pilatos manipula a lei em seu favor
Incomodado, Pilatos procura uma saída. Percebeu que tinham entregado Jesus por inveja e raiva. Naquela época, havia um costume, uma espécie de lei não escrita, de soltar um preso por ocasião da Páscoa. Pilatos manipula este costume em seu favor e propõe uma alternativa: Barrabás ou Jesus. "Barrabás estava preso junto com os rebeldes que tinham cometido um assassinato na revolta". Pilatos esperava que fossem pedir a libertação de Jesus. Enganou-se!
4. Marcos 15,11-15: Os chefes dos sacerdotes são mais espertos que Pilatos
Os chefes dos sacerdotes, por sua vez, manipulam o povo presente ao ato e conseguem que todos gritem: "Solte Barrabás! Crucifique Jesus!" Pilatos foi fraco. Não soube resistir, deu a sentença final e Jesus foi condenado. Como entender que os sumos sacerdotes tenham conseguido manipular o povo contra Jesus? Não convém esquecer que Jesus era da Galileia  Tinha estado poucas vezes em Jerusalém. O povo da cidade era empregado do Templo. Milhares de operários ganhavam lá o seu salário. O Templo era o seu ganha-pão. Jesus tinha falado contra o Templo, assim diziam, e tinha expulsado os vendedores. Por isso, era relativamente fácil manipular a opinião pública contra Jesus.
5. Marcos 15,16-20: A reação dos soldados
Depois de condenado, Jesus é esbofeteado, ridicularizado e cuspido no rosto. Aqui, novamente, aparece o Messias Servo, anunciado por Isaías, que  foi preso, cuspido no rosto e teve a barba arrancada: "Ofereci as costas aos que me feriam e as faces aos que me arrancavam a barba; não escondi o rosto aos que me afrontavam e me cuspiam" (Is 50,6).  

ALARGANDO
O poder romano na terra de Jesus
Este texto descreve o confronto de Jesus com o poder romano. No ano 63 antes de Cristo, os romanos tinham invadido toda a Palestina, que compreendia Galileia no norte, Samaria no centro e Judeia no sul. Inicialmente, os romanos foram bem acolhidos pelos judeus. Mas, logo mostraram sua verdadeira face oprimindo e explorando o povo através de tributos, impostos, taxas, dízimos e outros roubos legalizados. Por isso, de 57 a 37 A.C., em apenas 20 anos, só na Galileia  estouraram seis revoltas dos camponeses contra a dominação romana. O povo ia atrás de qualquer um que prometia libertá-lo do peso dos romanos. As revoltas foram duramente reprimidas.
Quem ajuda os romanos na repressão ao povo revoltado, foi um tal de Herodes, que, como pagamento pelos seus esforços, recebeu dos romanos o título de rei sobre toda a Palestina e, de 37 a 4 A.C., governou sobre Galileia  Samaria e Judeia  Para agradar aos romanos, ele promovia a assim chamada Paz Romana. Esta paz trouxe certa estabilidade econômica para o Império e para o próprio Herodes, mas para o povo dominado da Palestina não era paz, e sim repressão brutal. Jesus nasceu no final do governo deste Herodes. Herodes, chamado o Grande, é aquele que matou as crianças de Belém (Mt 2,16).
OBS: Um frade chamado Dionísio Pequeno, do século VI, calculou a data do nascimento de Jesus. Ele errou por uma pequena margem de 5 ou 6 anos. Jesus nasceu 5 ou 6 anos antes da data calculada pelo frade.
Depois da morte de Herodes, Arquelau, seu filho, assumiu o governo sobre a Judeia  O irmão dele, Herodes Antipas, recebeu o governo sobre a Galileia  Arquelau era um homem cruel e incompetente. Já na sua tomada de posse, no dia da Páscoa, reprimiu uma reivindicação popular e matou 3 mil peregrinos na praça do templo em Jerusalém. A matança fez explodir a revolta do povo, que, duramente reprimida, provocou uma forte repressão romana. O governo de Arquelau sobre a Judeia foi muito violento. Por isso, José e Maria, depois da fuga no Egito, não quiseram voltar para Belém na Judeia e resolveram ir morar em Nazaré na Galiléia, junto com o menino Jesus (Mt 2,22).
No ano 6 depois de Cristo, - Jesus tinha em torno de 10 anos - Arquelau foi deposto pelos romanos, que estavam insatisfeitos com o mau rendimento do governo dele. Para terem um controle melhor da situação, transformaram a Judéia numa província romana, cujo governador ou procurador era nomeado diretamente pela autoridade central do Império, com sede em Roma. Para poder reorganizar a administração e atualizar o pagamento do tributo, decretou um recenseamento, o que provocou forte reação popular, inspirada pelo Zelo pela Lei. O Zelo levava o povo a boicotar o censo e a não pagar o tributo. Era uma nova forma de resistir contra o império, uma espécie de desobediência civil. Neste período, Jesus crescia em sabedoria e idade diante de Deus e dos homens, lá em Nazaré.
Assim, de 6 a 44 depois de Cristo, a Judéia era governada por procuradores, representantes diretos do poder romano. A maior parte dos procuradores romanos eram funcionários que não gostavam dos judeus. A forte repressão e o desprezo deles pelo povo judeu fizeram crescer o ódio anti-romano. Um deles, o senhor Pôncio Pilatos, governou de 26 a 36 d.C. Foi ele que, a pedido da elite dos judeus, sancionou com o seu poder a sentença de morte contra Jesus.
A residência dos procuradores ficava na cidade de Cesaréia, no litoral. Somente quando havia alguma ameaça de manifestação popular, por exemplo, na festa de Páscoa, eles se transferiam para Jerusalém para poder controlar melhor a situação e reprimir qualquer tentativa de revolta. É que, por ocasião da festa anual de Páscoa, aumentava no povo a expectativa messiânica e  milhares de romeiros se concentravam ao redor do Templo. Por isso, nos dias em que Jesus foi preso, Pilatos se encontrava em Jerusalém. Foi diante dele que Jesus compareceu e por ele foi condenado à morte de Cruz.




No mundo teres aflições

Na verdade, na verdade vos digo que vós chorareis e vos lamentareis, e o mundo se alegrará, e vós estareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria.
A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza, porque é chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz a criança, já não se lembra da aflição, pelo prazer de haver nascido um homem no mundo.
Assim também vós agora, na verdade, tendes tristeza; mas outra vez vos verei, e o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria ninguém vo-la tirará.
E naquele dia nada me perguntareis. Na verdade, na verdade vos digo que tudo quanto pedirdes a meu Pai, em meu nome, ele vo-lo há de dar.
Até agora NADA PEDISTE EM MEU NOME; PEDI, E RECEBEREIS, para que o vosso gozo se cumpra. (João cap.16 ves. 20, 21, 22, 23,24 e 25)

Pessoal a palavra é clara: No nome de JESUS existe poder sim!
Ele afirma que não recebeste porque ''NADA PEDISTE EM MEU NOME'' e logo em frente 
''PEDI, E RECEBEREIS''
então peça no nome de JESUS CRISTO, peça em seu nome com toda a sua fé,peça e receba, insista, chame a atenção de Deus com sua fé e confiança.

Jesus diz:
''Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo''
Vejam o que Jesus disse pode ser transliterado de outra forma "árvores frondosas e frutíferas recebem muitas pedradas". Todo o sofrimento que Jesus suportou serve aos seus fiéis como base de tudo que terão que suportar em prol do amor verdadeiro a Deus. O Cristão verdadeiro deve aprender a abnegar-se para poder suportar cada um sua própria cruz. A perseguição que a nós imposta é passageira, por isso devemos ter bom ânimo, a recompensa que nos espera super abunda em graça.
Ah e por sinal vc anda levando pedradas por aqui né? Fica frio entenda que vc é uma árvore frondosa porque está plantada junto a ribeiro de água e dá seu fruto na estação certa (cf. Sl 1) e o melhor de tudo, figueiras que não produzem frutos no tempo certo Cristo fará elas secarem!!! Paz e Graça
Apocalipse 2.10 Não temas as coisas que tens de sofrer. Eis que o diabo está para lançar em prisão alguns dentre vós, para serdes postos à prova, e tereis tribulação de dez dias. Sê fiel até a morte, e dar-te-ei a coroa da vida.

"Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” (João 16.33)
E também tem esta:
"Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR o livra de todas."( Salmo 34:19)

Obrigada a todos Ana Paula 777777777777