quarta-feira, 31 de julho de 2013



(Divórcio e Recasamento são Autorizados) pela Bíblia? (Parte 1



O divórcio sempre foi um tema difícil de lidar. Primeiro porque é algo totalmente estranho ao plano de Deus para o homem, em seguida, por conta de tantas “opiniões humanas divergentes” a respeito do assunto. É possível que muitos que lerão esse exórdio, hão de discordar de muita coisa que pretendo escrever sobre o assunto, no entanto, prometo que farei isso, atendo-me exclusivamente ao que a Bíblia diz, portanto, estarei tranqüilo quanto ao que escreverei. Naturalmente que aquele (a) que deseja obedecer à vontade de Deus não terá maiores dificuldades em submeter-se àquilo que a Palavra de Deus orienta. 
A questão é que boa parte das pessoas, simplesmente não estão dispostas a renunciar a sua própria ambição para abraçarem sem reservas, a vontade de Deus para as suas vidas. Esse é o problema!

Vamos ver o que diz a Palavra de Deus sobre o assunto. Iniciaremos com a leitura de Mt. 19.3-9, que diz: “Então chegaram ao pé dele os fariseus, tentando-o, e dizendo-lhe: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? Ele, porém, respondendo, disse-lhes: Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez, e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem. Disseram-lhe eles: Então, por que mandou Moisés dar-lhe carta de divórcio, e repudiá-la? Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim. Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério”.

Leiamos a pergunta insidiosa dos fariseus: “É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo”? Nesta pergunta temos implícitas, algumas informações esclarecedoras, primeiro, que o assunto divórcio não é algo novo, desde muito, os homens já se viam abarcados por ele. Outra coisa não menos importante, é que no contexto histórico dos judeus, os homens se divorciavam de suas esposas e faziam isso por qualquer motivo. Mesmo na época do ministério terreno de Jesus essa era uma prática corriqueira entre os judeus, pois se assim não fosse, os fariseus não teriam interrogado a Jesus acerca do assunto.

Agora passemos para a primeira resposta de Jesus sobre o assunto: “Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez, e disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”. 

Perceba a clareza do Mestre em relação ao assunto. Ele remete a mente perturbada dos fariseus, ao que eles, em tese, mais eram apegados, ao Pentateuco, a Lei. Ou seja, Jesus lembra a eles o texto de Gênesis 1.27, que reflete na criação, a distinção entre homem e mulher, como também, o momento auspicioso da instituição do casamento, registrado em Gênesis 2.24, em seguida complementa com um mandamento: “Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”. A primeira coisa que aprendemos aqui, é que ao criar homem e mulher (macho e fêmea), Deus os fez distintos para que houvesse complementaridade. Ou seja, ambos compõem não apenas um par perfeito, mas, juntos, formam uma só parte do arcabouço da família. Observe o modus operandi divino, Deus não formou a mulher do pó da terra, como fez com o homem, mas extraiu e modelou parte (uma costela) do próprio homem. Isso significa que, no casamento, a mulher uni-se ao homem, donde foi retirada, formando “um todo perfeito” “um só corpo”. Percebe essa maravilha de engenharia divina? 

Deus poderia ter criado outro homem, semelhante ao primeiro, e eles só poderiam ser bons amigos, mas não poderia haver entre eles, complementaridade, pois seriam idênticos e dois idênticos não têm nada a oferecer ao outro, pois são semelhantes, tudo o que um tem, o outro também tem. Só um diferente, tem realmente algo a oferecer ao outro diferente. É mais ou menos como num quebra cabeças, as peças só encaixam porque são diferentes e complementares. Cada uma completa o que falta na outra. 

Pois bem, isso nos remete a algo muito profundo. É que no casamento, homem e mulher se unem para formarem um par perfeito e uma só parte na estrutura familiar. Isso derruba por terra toda a interpretação de que a mulher quanto pessoa, é inferior ao homem. Nunca foi e nunca será. Se Deus fez a mulher para complementar o homem então esse não seria o que é, sem ela. Portanto o homem jamais deve se considerar melhor do que a mulher. Ambos são complementares.

Destarte, podemos afirmar que o casamento é a execução do projeto arquitetônico divino para a humanidade, pois é o casamento que permite a propagação da raça humana donde provêm mais e mais casamentos formando assim um edifício majestoso para habitação do seu projetista. É por isso que a família tem sido tão fortemente solapada por satanás, pois ele sabe que se as famílias seguirem o plano de Deus viverão plenamente felizes. E aqui entra a terrível tragédia do divórcio. Satanás não pode atacar diretamente o projetista (Deus), então ele ataca o projeto (a família). E o pior, é que tem conseguido destruir muitas famílias. 

Voltando ao texto, Jesus determina o seguinte: “Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem”. Falando ainda do ato divino da encaixar as peças (homem e mulher) através do casamento, Jesus deixa muito claro que o homem não tem permissão para alterar a ação divina de juntar as peças (homem e mulher) formando uma unidade singular. Percebe que isso é um ato divino? E que o homem portando, não pode separar as peças? Em outras palavras, Jesus determina que o homem não tem permissão para praticar o divórcio. Acho que Ele não poderia ser mais claro! 

Em Cristo,

Obrigada Ana Paula.

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