A escola do deserto
Deus
treina seus líderes mais importantes na escola do deserto. Moisés, Elias e
Paulo foram treinados por Deus no deserto. O próprio Jesus antes de iniciar o
seu ministério passou quarenta dias no deserto. O deserto não é um acidente de
percurso, mas uma agenda de Deus, a escola de Deus. É o próprio Deus quem nos
matricula na escola do deserto. O deserto é a escola superior do Espírito
Santo, onde Deus trabalha em nós antes de trabalhar através de
nós. Deus nos leva para essa escola não para nos exaltar, mas para nos
humilhar. Essa é a escola do quebrantamento, onde todos os holofotes da fama se
apagam e passamos a depender total e exclusivamente da graça de Deus e da
provisão de Deus e não dos nossos próprios recursos. Destacaremos, aqui, três
verdades importantes:
1.
Na escola do deserto aprendemos que Deus está mais interessado em quem somos do
que naquilo que fazemos - Deus
nos leva para o deserto para falar-nos ao coração. No deserto ele nos humilha
não para nos destruir, mas para nos restaurar. No deserto, Deus trabalha em nós
antes de trabalhar através de nós, provando que ele está mais interessado em
nossa vida do que em nosso trabalho. Vida com Deus precede trabalho para Deus.
Motivação é mais importante do que realização. Nossa maior prioridade não é
fazer a obra de Deus, mas ter intimidade com o Deus da obra. O Deus da obra é
mais importante do que a obra de Deus. Quando Jesus chamou os doze apóstolos,
designou-os para estarem com ele; só então, os enviou a pregar.
2.
Na escola do deserto aprendemos a depender mais do provedor do que da provisão
– Quando
o profeta Elias foi arrancado do palácio do rei e enviado para o deserto, ele
deveria beber da fonte de Querite e ser alimentado pelos corvos. Naquele
esconderijo no deserto, o profeta deveria depender do provedor mais do que da
provisão. Deus o sustentaria ou ele pereceria. Deus nos leva para o deserto
para nos mostrar que dependemos mais dos seus recursos do que dos nossos
próprios recursos. É fácil depender da provisão quando nós a temos e a
administramos. Mas na escola do deserto aprendemos que nosso sustento vem do
provedor e não da provisão. Quando nossa provisão acaba, Deus sabe onde
estamos, para onde devemos ir e o que devemos fazer. A nossa fonte pode secar,
mas o manancial de Deus jamais deixa de jorrar. Os nossos recursos podem
escassear, mas os celeiros de Deus continuam abarrotados. Nessas horas precisamos
aprender a depender do provedor mais do que da provisão.
3.
Na escola do deserto aprendemos que o treinamento de Deus tem o propósito de
nos capacitar para uma grande obra – Todas as pessoas que foram
treinadas por Deus no deserto foram grandemente usadas por Deus. Quanto mais
intenso é o treinamento, mais podemos ser instrumentalizados pelo Altíssimo.
Porque Moisés foi treinado por Deus quarenta anos no deserto, pôde libertar
Israel da escravidão e guiar esse povo rumo à terra prometida. Porque Elias foi
graduado na escola do deserto pôde enfrentar, com galhardia, a fúria do ímpio
rei Acabe e trazer de volta a nação apóstata para a presença de Deus. Porque
Paulo passou três anos no deserto da Arábia, ele foi preparado por Deus para
ser o maior líder do Cristianismo. Quando Deus nos leva para o deserto é para
nos equipar e depois nos usar com graça e poder em sua obra. Deus não
desperdiça sofrimento na vida dos seus filhos. Ele os treina na escola do
deserto e depois os usa com grande poder na sua obra. Não precisamos ter medo
do deserto, se aquele que nos leva para essa escola está no comando desse
treinamento. O programa do deserto é intenso. O curso é muito puxado. Mas,
aqueles que se graduam nessa escola são instrumentalizados e grandemente usados
por Deus!
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