Depressão nervosa
O transtorno
depressivo maior, também chamado de perturbação
depressiva major em
Portugal, é um transtorno psiquiátrico que afeta pessoas
de todas as idades. Caracteriza-se pela perda de prazer nas atividades diárias
(anedonia), apatia, alterações cognitivas(diminuição
da capacidade de raciocinar adequadamente, de se concentrar ou/e de tomar
decisões), psicomotoras (lentidão, fadiga e
sensação de fraqueza), alterações do sono (mais
frequentemente insônia, podendo ocorrer também hipersonolência), alterações do apetite(mais comumente
perda do apetite, podendo ocorrer também aumento do apetite), redução dointeresse sexual, retraimento social, ideação suicida e prejuízo
funcional significativo (como faltar muito ao trabalho ou piorar o desempenho
escolar).
O transtorno
depressivo maior diferencia-se do humor "triste", que afeta a maioria
das pessoas regulamente, por se tratar de uma condição duradoura (a maior parte
do dia, quase todos os dias, pelo menos 2 semanas), de maior intensidade ou
mesmo por uma tristeza de qualidade diferente da tristeza habitual, acompanhada
de vários sintomas específicos e que trazem prejuízo à vida da pessoa. A distimia é
um outro tipo de transtorno depressivo caracterizado por sintomas de menor
intensidade, mas com caráter bastante crônico (a maior parte do dia, quase
todos os dias, pelo menos 2 anos). Ou seja, depressão não é tristeza. É uma
doença que precisa de tratamento.
Estima-se que
cerca de 15 a 20% da população
mundial, em algum momento da vida, sofreu de depressão. A
depressão é mais comum em pessoas com idade entre 24 e 44 anos. Dependendo do
motivo pode ser dada a crianças e adolescentes como separação dos pais,
problemas na escola, sexualidade, rejeição e principalmente Bullying. A
prevalência-ano para a depressão maior, é de 0,4 a 3,0% em crianças e
de 3,3 a 12,4% em Prevalência
Estima-se que o
risco de desenvolver depressão, ao longo da vida, seja de 10% para os homens e
de 20% para as mulheres.É
mais frequente em países frios.
Causas
As causas da
depressão são inúmeras e controversas. Acredita-se que a genética, alimentação, stress, estilo de vida,
separação dos pais, rejeição, problemas na escola e outros fatores estão
relacionados com o surgimento ou agravamento da doença.
Sabe-se hoje que a
depressão é associada a um desequilíbrio em certas substâncias
químicas no cérebro e
os principais medicamentos antidepressivos têm por função
principal agir no restabelecimento dos níveis normais destas
substâncias, principalmente a serotonina.
Fatores
psicossociais
As pessoas que já
experimentaram períodos de depressão relatam um acontecimento estressante como
o fator precipitante da doença. A perda recente de uma pessoa amada é o fato
mais citado, mas todas as grandes perdas (e mesmo as pequenas) causam um certo
pesar. Também a falta de amigos, que pode ocorrer devido a vários factores,
desde a rejeição, até à falta de interesses em comum, leva à solidão indesejada
e é um factor de risco que frequentemente leva à depressão, principalmente
durante a adolescência. Acontecimentos traumáticos, como a perda súbita de um
ente querido, ou mesmo eventuais mudanças de cidade, podem causar uma depressão
profunda, sendo necessário um longo período de recuperação. A maioria das
pessoas supera este estado sem se tornar cronicamente deprimida. Alguns fatores
genéticos ou biológicos podem explicar a maior vulnerabilidade de certas
pessoas. A existência ou a ausência de uma forte rede social ou familiar também
influenciam – positiva ou negativamente – na recuperação.
Algumas pessoas
podem sofrer com a doença pelo fato de trocar de uma cidade muito boa, para uma
pior e que não oferece nada em troca. É um grande fator de risco, por exemplo,
uma pessoa que tem vários amigos ir para outra cidade que não tenha ninguém. As
pessoas afetadas criam um bloqueio de aceitação. Desse modo acabam se
desanimando das atividades comuns do dia-a-dia e com o passar do tempo o
desânimo aumenta, a pessoa perde a motivação da vida, e isso gera uma grande
tristeza. Esse é um fator comum que afeta mais os jovens e os adultos.
Dentre os fatores
psico-sociais causadores de depressão, problemas relacionados à convivência e
relacionamento no ambiente de trabalho também têm fundamental importância para
o desenvolvimento da doença em questão.
Para o behaviorismo um dos fatores correlacionados
com a depressão é o desamparo aprendido, que é a diminuição de comportamentos
saudáveis resultante de várias punições que aconteciam não importando o que o
indivíduo fizesse (punições não-contingentes).
Fatores
biológicos
Alterações nos
níveis de neurotransmissores (principalmente serotonina, acetilcolina, dopamina, adrenalina e noradrenalina)
relacionam-se à susceptibilidade para depressão. Alguns hormônios também podem
ter um papel importante – ainda que isto não esteja muito claro. Ainda,
atrofias em certas áreas do cérebro (particularmente no lobo pré-frontal)
responsáveis pelo controle das emoções e produção de serotonina são
responsáveis por distúrbios depressivos importantes.
Na Mania por
outro lado, quando existe excesso desses neurotransmissores, os sintomas são de
euforia, sensação de energia ilimitada, necessidade de poucas horas de sono,
pensamentos acelerados, impulsividade, irritabilidade e dificuldade de se
controlar.
Evidências
neurobiológicas mostram uma forte relação entre depressão com transtornos de ansiedade. Aproximadamente
85% dos pacientes com depressão tem sintomas de ansiedade significativos e 90%
dos pacientes com transtornos de ansiedade experienciam depressão em algum
momento.[8]
Factores Físicos (Traumatismos)
Em algumas
depressões podem ser encontradas causas físicas para a sua existência. Há muito
que se sabe que muitos dos nossos traumatismos e acidentes físicos ficam
registados no nosso corpo em conjunto com as emoções que sofremos na altura do
acidente traumatismo.
Isto cria
situações somato emocionais que muitas das vezes perpetuam as dores ou alteram
a pessoa por completo em termos emocionais. São bem conhecidos os resultados de
diversas terapias dirigidas ao físico que fazem libertação somato emocional e
alteram por completo o estado emocional da pessoa.
·
Em algumas situações problemas
físicos podem criar um desgaste e uma tensão demasiado grande sobre o corpo e
sobre o sistema nervoso que desencadeiam ou agravam o estado depressivo. Nestas
situações devem-se corrigir os diversos problemas físicos. Infelizmente muitas
das vezes não existem quaisquer sintomas da sua existência pelo que estes
costumam passar completamente despercebidos.
Outros fatores relacionados ao desenvolvimento de
depressão
Medicamentos como betabloqueadores, benzodiazepínicos, corticosteróides, anti-histamínicos, analgésicos e antiparkinsonianospodem
causar depressão, bem como a retirada de qualquer medicação utilizada a longo
prazo. Vários estudos científicos têm encontrado
correlações estatísticas entre alguns defensivos agrícolas e depressão.
Drogas
Alguns tipos de
drogas podem levar a depressão crônica ou a não crônica. A benzoilmetilecgonina (Cocaína) e o Erythroxylon Coca(Extrato
de Coca ou Pasta Base de Coca), são as principais que são possíveis a levar a
depressão crônica, capazes de alterar completamente o sistema nervoso em menos
de 15 segundos após o uso. Já a depressão não crônica, vem geralmente de
genética ou causada por distúrbios perante a vida.
História
Hipócrates criou a teoria dos
4 humores corporais (sangue, fleugma ou
pituíta, bílis amarela e bílis negra) em que o equilíbrio ou desequilíbrio era
responsável pela saúde (eucrasia)
ou enfermidade e dor (discrasia) de um indivíduo. Hipócrates acreditava que a
influência de Saturno levava
o baço humano a segregar mais bílis negra, alterando o humor do indivíduo e
escurecendo-o, levando ao estado de melancolia. A palavra melancolia vem de melancolis (melanos=negro e
colis=bíle).
Galeno redescreveu
a melancolia. Aureliano falou
da agressividade associada à depressão e associou o suicídio à
depressão.
Epidemiologia
Cerca de 16% da
população mundial já teve depressão pelo menos uma vez na vida. Em alguns
países como a Austrália, uma em cada
quatro mulheres e cerca de um em cada oito homens já sofreu de depressão. O
início dos estudos sobre a depressão começou na década de 1920. Foi reportado
que as mulheres têm duas vezes mais chances de sofrer de depressão do que os
homens, mas em contrapartida essa diferença tem diminuído durante os últimos
anos. Esta diferença desaparece completamente entre os 50 e 55 anos. A
depressão nervosa é causa comum de aposentadoria por invalidez na América do Norte e em outros países
da Europa.
Segundo a OMS, em 2020, a
depressão nervosa passará a ser a segunda causa de mortes mundiais por doença,
após doenças cardíacas. Pessoas deprimidas
têm frequentemente pensamentos mórbidos e a taxa de suicídio entre
depressivos é 30 vezes maior do que a média da população em
geral. A depressão é considerada em várias partes do mundo como uma das doençascom mais alta taxa
de mortalidade.
Sintomas
Os sintomas
depressivos podem ser divididos entre: cognitivos, fisiológicos e
comportamentais.
Cognitivos
·
Humor deprimido: desânimo
persistente, tristeza, baixa autoestima, sentimentos de inutilidade, vazio,
culpa ou/e irritabilidade;
·
Redução da capacidade de
experimentar prazer na maior parte das atividades, antes consideradas como
agradáveis;
·
Diminuição da capacidade de
pensar, de se concentrar, memorizar ou de tomar decisões;
Fisiológicos
·
Fadiga ou sensação de perda de
energia;
·
Alterações do sono (mais
frequentemente insônia, podendo ocorrer também sonolência excessiva ou sono
interrompido);
·
Alterações do apetite (mais
comumente perda do apetite, podendo ocorrer também aumento do apetite);
·
Redução do interesse e prazer
sexual;
·
Agitação motora, inquietude;
·
Alterações dos rimos
circadianos (dormir fora de hora).
Evidências
comportamentais
·
Retraimento social (isolamento
social);
·
Chorar mais e com mais
frequência;
·
Comportamentos suicidas;
·
Retardo psicomotor e lentificação
generalizada, ou agitação psicomotora;
·
Tentativa de suicídio.
·
Comportamento auto-destrutivo
(auto-mutilação).
Os pacientes
costumam aludir ao sentimento de que tudo lhes parece fútil, ou sem real
importância. Acreditam que perderam, de forma irreversível, a capacidade de
sentir alegria ou prazer na vida. Tudo lhes parece vazio e sem graça, o mundo é
visto "sem cores", sem matizes de alegria. Em crianças e
adolescentes, sobretudo, o humor pode ser irritável, ou "rabugento",
ao invés de triste. Certos pacientes mostram-se antes "apáticos" do
que tristes, referindo-se muitas vezes ao "sentimento da falta de
sentimentos". Constatam, por exemplo, já não se emocionarem com a chegada
dos netos, ou com o sofrimento de um ente querido, e assim por diante.[15]
Existem diversos
testes psicológicos para medir a presença e intensidade da depressão, dentre
elas um dos mais populares é o BDI.
Sintomas
psicóticos
Os delírios depressivos
incluem um sentimento excessivo e angustiante de culpa, de punição
merecida, delírios de ruína (incluindo a sensação de estar apodrecendo,
desintegrando ou sendo esmagado) e delírios niilistas (que
podem configurar a síndrome de
Cotard, quando incluem negação de órgãos e negação da
morte). As alucinações congruentes com humor depressivo podem ser por exemplo
de pessoas, espíritos ou vozes que condenam o paciente, ameaças de demônios ou
choro de defuntos. É raro quando não são congruentes com a depressão e podem
indicar a presença de um transtorno
psicótico.
Classificação
Segundo a versão
atual de classificação internacional de doenças a depressão pode
ser classificada como:
·
F32 - Episódio depressivo (caso
seja o primeiro episódio)
·
32.0 - Episódio depressivo
leve: Dois ou três sintomas sem grave prejuízo nas atividades diárias;
·
32.1 - Episódio depressivo
moderado: Quatro ou mais sintomas com sério prejuízo nas atividades diárias;
·
32.2 - Episódio depressivo
grave sem sintomas psicóticos: Muitos sintomas muito intensos, severo prejuízo
nas atividades diárias, ideação suicida elevada e com ou sem sintomas somáticos;
·
32.3 - Episódio depressivo
grave com sintomas psicóticos: episódio depressivo grave acompanhado de alucinações, ideias delirantes,
lentidão psicomotora ou de estupor de
uma gravidade tal que todas as atividades sociais normais tornam-se
impossíveis; pode existir o risco de suicídio, de desidratação ou de desnutrição.
As alucinações e os delírios podem não corresponder ao caráter dominante do
distúrbio afetivo;
·
F33 - Transtorno depressivo
recorrente: Caso não seja o primeiro episódio depressivo;
·
F38 - Episódios depressivos
recorrentes breves
Diagnósticos diferenciais
Caso a depressão
seja intercalada com um ou mais episódio maníaco passa a ser
denominado como transtorno
bipolar de humor ou
como ciclotimia dependendo da
duração dos episódios.
A esquizofrenia e outros
transtornos do tipo psicótico com
predomínio de sintomas negativos frequentemente são confundidos com uma
depressão severa.
Caso o humor
depressivo seja tão duradouro que se torne parte da personalidade da pessoa, e
não apenas um episódio, então passa a ser considerado um transtorno
de personalidade como
o transtorno
de personalidade esquiva ou transtorno
de personalidade esquizóide.
Muitas doenças
endócrinas também podem levar a um quadro depressivo, dentre elas
Transtornos
neurológicos como acidente
vascular cerebral, demência
vascular, Alzheimer e mal de Parkinson também
frequentemente geram quadros depressivos sérios. Mesmo algumas doenças
infecciosas como AIDS e mononucleose também já foram
correlacionadas com sintomas depressivos.
Tipos
de depressão
A depressão é
muitas vezes classificada como distimia quando
os sintomas permanecem por períodos muito longos de tempo (pelo menos seis
meses) de forma "leve", enquanto que nas ocorrências graves da depressão os
sintomas atingem proporções incontroláveis, impossibilitando as atividades
normais do indivíduo e obrigando a internação devido ao alto risco de suicídio.
Do ponto de vista
didático, a depressão clínica pode ser dividida em 6 tipos principais.
Depressão
maior
Os pacientes com
este tipo de depressão apresentam pelo menos 5 dos sintomas listados a seguir,
por um período não inferior a duas semanas:
·
Desânimo na maioria dos dias e
na maior parte do dia (em adolescentes e crianças há um predomínio da
irritabilidade)
·
Falta de prazer nas atividades
diárias
·
Distúrbios do sono — desde
insónia até sono excessivo — durante quase todo o dia
·
Sensação de agitação ou languidez
intensa
·
Sentimento de culpa constante
·
Começa a se preocupar com os
pequenos problemas da vida
·
Tem dificuldade para tomar
banho, ler um livro e até coisas simples como assistir televisão
Além dos critérios
acima, devem ser observados outros pontos importantes: os sintomas citados
anteriormente não devem estar associados a episódios maníacos (como no transtorno
bipolar); devem comprometer actividades importantes (como
o trabalho ou os relacionamentos pessoais); não devem ser causados por drogas,
álcool ou qualquer outra substância; e devem ser diferenciados de sentimentos
comuns de tristeza. Geralmente, os episódios de depressão duram cerca de vinte
semanas.
Os sintomas da
depressão em adolescentes podem ser diferentes das dos adultos, incluindo
tristeza persistente, incapacidade de se divertir com suas atividades
favoritas, teimosia constante, irritabilidade acentuada, queixas frequentes de
problemas como dores de cabeça e cólicas abdominais, mau desempenho escolar,
desânimo, concentração ruim, alterações nos padrões de sono e de alimentação ou
queixas frequentes de não quer ir à aula.
Distimia
A depressão
crônica leve, ou distimia, caracteriza-se
por vários sintomas também presentes na depressão maior, mas eles são menos
intensos e duram muito mais tempo — pelo menos 2 anos. Os sintomas são
descritos como uma "leve tristeza" que se estende na maioria das
atividades. Em geral, não se observa distúrbios no apetite ou
no desejo sexual,
mania, agitação ou comportamento sedentário. Os distímicos cometem suicídio na
mesma proporção dos deprimidos graves. Talvez devido à duração dos sintomas, os
pacientes com depressão crônica não apresentam grandes alterações no humor ou
nas atividades diárias, apesar de se sentirem mais desanimados e
desesperançosos, e serem mais pessimistas. Os pacientes crônicos podem sofrer
episódios de depressão maior (estes casos são conhecidos como depressão dupla).
Depressão
atípica
As pessoas com
esta variedade geralmente comem demais, dormem muito, sentem-se muito enfadadas
e apresentam um sentimento forte de rejeição.
Depressão
pós-parto
Após o parto é
comum ocorrer um forte declínio dos hormônios, resultando em um período de anedonia e apatia conhecido
como "Baby blues", que caso persista pode se tornar uma "depressão
pós-parto". Essa persistência ocorre em cerca de 6,8 a 16,5% das mulheres
adultas e até 26% das adolescentes. E não afeta só as
mães, os pais também esperenciam o "baby blues" em 25% dos casos.
Este tipo de
depressão pode deve-se não só as mudanças hormônais como também à grande ansiedade, desgaste e
frustrações comuns na gravidez, sendo mais pro alterações com o nascimento de
um bebê. Por vezes surgem desconfortos, mal-estar e dores que podem agravar o
estado emocional e hormonal da recente mãe. Quanto mais estressante for uma
gravidez mais provável que resulte em depressão.
Os partos naturais
e as alterações que a bacia sofre
para o nascimento do bebê podem criar alterações quer a nível da bacia quer a
nível da coluna, que podem
agravar o estado emocional da mulher. Estas alterações podem estar na origem de
depressões de causas físicas.
Distúrbio afetivo sazonal (DAS)
Este distúrbio
caracteriza-se por episódios anuais de depressão durante o outono ou
o inverno, que podem
desaparecer na primaveraou no verão, quando então
tendem a apresentar uma fase maníaca.
Este distúrbio tem
como principal fator a falta de sol, sendo bem comum nos países onde a luz
solar dura poucas horas. É menos comum em países onde a temperatura gira em
torno de 20 a 30 °C.
Outros sintomas
incluem fadiga, tendência a comer muito doce e dormir demais no inverno, mas
uma minoria come menos do que o costume e sofre de insônia.
Dentre os
tratamentos recomendados, deve-se ficar próximo às janelas durante o período
diurno, sair para locais abertos com frequência durante o dia, decorar quartos,
mesas, salas com itens coloridos, e fototerapia.
Tensão pré-menstrual (TPM)
Há depressão
acentuada, irritabilidade e tensão antes da menstruação.
Afeta entre 40 a 75% das mulheres em idade fértil. O diagnóstico
baseia-se na presença de pelo menos 5 dos sintomas descritos no tópico depressão maior na maioria dos ciclos
menstruais, havendo uma piora dos sintomas cerca de uma semana antes da chegada
do fluxo menstrual, melhorando logo após a passagem da menstruação.
Pesar
O pesar, também
conhecido como reação de luto, não é um tipo de
depressão, mas ambas possuem muito em comum. Na verdade, pode ser difícil
diferenciá-los. O pesar, contudo, é considerado uma resposta emocional saudável
e importante quando se lida com perdas. Normalmente é limitado. Nas pessoas sem
outros distúrbios emocionais, o sentimento de aflição dura entre três e seis
meses. A pessoa passa por uma sucessão de emoções que incluem choque e negação,
solidão, desespero, alienação social e raiva. O período de recuperação consome
outros 3 a 6 meses. Após esse tempo, se o sentimento de pesar ainda é muito
intenso, ele pode afetar a saúde da pessoa ou predispo-la ao desenvolvimento de
uma depressão propriamente dita.
São encontrados no
pesar os mesmos sintomas da depressão:
·
Perda de vontade para realizar
as atividades diarias
·
Alterações de humor
·
Alteração no sono
·
Alterações no apetite
·
Luto constante
·
Ideia fixa em relação a perda
·
Introspecção (sentimento de
inferioridade, "recolher-se ao seu próprio mundo" e etc.)
A cultura popular associa depressão como um estado
de humor da pessoa e que ela pode se curar sozinha. Isso faz com que as pessoas
não encarem a depressão como uma doença e não procurem ajuda médica.
A maioria das pessoas
que possuem um quadro clínico depressivo não conhece ou não procura ajuda
médica especializada apesar da grande possibilidade de tratamento efetivo. O
tratamento geralmente envolve uma medicação antidepressiva receitada por pelo
menos 12 meses para evitar recaídas ) e algumas vezes
acompanhada de psicoterapia.
A eletroconvulsoterapia (ECT) é utilizada
para indivíduos com depressão grave e que não tiveram resposta satisfatória ao
tratamento medicamentoso. A Estimulação Magnética Transcraniana repetitiva (EMTr) ou em
inglês Repetitive transcranial magnetic stimulation(rTMS)
pode ser uma alternativa para os pacientes resistentes aos medicamentos.
Sabe-se também que
praticar exercícios regularmente e participar de atividades desportivas e sociais pode
ajudar o paciente a superar os sintomas da depressão, além de outros benefícios
para a saúde.
São exemplos de
tratamentos para a depressão:
·
Suplementos alimentares
·
Atividades físicas
Medicação
Os antidepressivos mais usados no
tratamento da depressão são os Inibidores seletivos da recaptação da serotonina como aFluoxetina,
a Paroxetina e a Sertralina.
Outros
antidepressivos usados são os Antidepressivos
tricíclicos, Inibidores da MAO, Inibidores
da recaptação de dopamina, Inibidores da recaptação de noradrenalina-dopamina, Inibidores da recaptação de serotonina-adrenalina e Antidepressivos tetracíclicos.
O principal
mecanismo de ação dos antidepressivos é provocando o aumento de neurotransmissores,
como as aminas
biogênicas(serotonina, dopamina e noradrenalina).
Apesar do nome, alguns antidepressivos também são usados com sucesso em
tratamento de diversos outros transtornos, como transtornos de ansiedade, fobias, transtorno
obsessivo-compulsivo e migrânea.
Quanto mais
específicos em sua ação, menos efeitos colaterais eles apresentam.
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